O Brasil, após a Segunda Guerra Mundial, inicia um novo período de sua história, esse é marcado pelo desenvolvimento econômico, pela democratização política e pelo surgimento de novas tendências artísticas e culturais.
A geração de 45 marca essa mudança, com o objetivo de dar um novo aspecto aos meios de expressão a partir de uma pesquisa sobre a linguagem.
O traço formalizante caracteriza essa geração de poetas, várias obras foram publicadas nessa época, na prosa os gêneros conto e romance tiveram destaque. O regionalismo recuperou seu espaço, a sondagem psicológica foi desenvolvida, o espaço urbano foi, também, objeto de enfoque.
Os escritores dessa geração que mais se destacaram foram: Mário de Andrade, Graciliano ramos, Clarice Lispector, Lygia Fagundes Telles, Guimarães Rosa, Mário Palmério e outros.
Poesia e um pouco de prosa também!!!
O modernismo produziu tanto impacto que conseguiu produzir também uma diversidade interna e bifurcou a linhagem modernista em:
Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Drummond. Oswald de Andrade, João Cabral, poesia concreta.
A poesia torna-se, ainda, por um lado mais cotidiana quanto a temática (Adélia Prado, Mário Quintana), e por outro instrumento de pressão contra as ditaduras (Glauco Mattoso, tropicalistas).
Contemporaneamente o que vemos no romance brasileiro e, de certa forma, também no luso, que volta a dialogar com o Brasil, é o surgimento do que chama-se Geração 90. No Brasil, o grande marco é o romance "Subúrbio", de Fernando Bonassi, que deflagaria em 1994 um processo de renovação da prosa urbana (ou, no caso, suburbana), com seu realismo brutal, que trouxe novamente para o centro da cena literária os personagens dos arrabaldes das cidades brasileiras. Cidade de Deus, de Paulo Lins, ficaria célebre pela sua realização cinematográfica.
Outra corrente contemporânea é uma espécie de tópica da condição pós-moderna: a identidade em crise, um extremo do intimismo, que se projeta sobre a estrutura narrativa, cancelando os limites entre o real e o fantasmático, entre o mundo descrito e as distorções interiores de quem o descreve. É o caso de Cristóvão Tezza, João Gilberto Noll, Bernardo Carvalho e Chico Buarque.
Acrescentaria a tais correntes uma espécie de revisão histórica a partir da ficção. Tanto no Brasil (Luiz Antonio de Assis Brasil, Miguel Sanches Neto) quanto em Portugal (Miguel Sousa Tavares) e nos países africanos de língua portuguesa (José Eduardo Agualusa, Mia Couto) aparecem narrativas de formato convencional e que se passam inteiramente no passado, mas não resgatando o passado como forma de contemplação. Atualmente vivemos um momento barroco, de confusão e crise existencial, um tipo de literatura que está em alta.
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Literatura contemporânea Brasileira
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